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O conselho de administração enfrenta um novo teste de diversidade: ele conta com um expert em tecnologia?
Ter um conselho diversificado é um assunto controverso para muitas empresas e seus acionistas. A diversidade étnica, de gênero e de idade é vista cada vez mais como etapa importante que deve ser atendida pelo conselho.
No entanto, vemos aqui outro exemplo, raramente abordado: a diversidade tecnológica. O seu conselho inclui membros que podem ser considerados especialistas ou visionários em tecnologia da informação? Quem entende a importância da TI na empresa moderna? Quem entende como a tecnologia promove a inovação? Não está aí o futuro da sua empresa? Se a empresa não tiver nenhum expert em tecnologia no conselho, não se preocupe tanto. Até mesmo o conselho consultivo do presidente da Agência de Segurança Nacional dos EUA (órgão que usa as mais avançadas tecnologias do mundo) não contava com um especialista em tecnologia até fevereiro deste ano.
No início do século 21, a experiência em tecnologia não era vista por muitas empresas fora do setor de computação como prioritária para o conselho. Os departamentos de TI não são para isso?
Argumentos
O fato é que muitas empresas provavelmente precisam de um especialista digital no conselho, pois os negócios digitais estão em plena expansão. As empresas vendem online. Elas definitivamente comercializam online. Os anúncios globais em mídias sociais gastos no ano passado foram estimados em mais de USD 23 bilhões e continuam em rápida ascensão. Internamente, a empresa funciona com um software de negócios. Os funcionários se comunicam eletronicamente. Os representantes de campo dependem de tablets ou de smartphones poderosos para acessar os dados da sede, e todas as empresas estão usando software para automatizar suas operações e obter uma vantagem competitiva.
É difícil imaginar como um conselho pode realizar a supervisão da empresa em nome dos acionistas sem dispor de conhecimentos relativamente avançados, de como a tecnologia é usada (ou deve ser usada) em sua própria empresa. Um exemplo: a chegada da computação em nuvem.
A nuvem não é apenas um conjunto de tecnologias hospedadas em servidores remotos de baixo custo. Para usar a nuvem de maneira correta, uma empresa precisa repensar seus processos empresariais, as habilidades de seus funcionários, as práticas de comercialização, todo um conjunto de decisões relacionadas aos negócios. Trata-se de opções de estratégia e de projeto organizacional que afetam os resultados. E devem ser feitas na sala de reuniões, não na mesa do diretor de tecnologia da informação (CIO).
Veja algumas razões adicionais para tornar o seu conselho mais tecnológico:
- A segurança cibernética deve ser abordada no nível do conselho. A TI pode oferecer consultoria tecnológica, mas o conselho precisa avaliar os riscos para os negócios e aprovar os processos de recuperação.
- Os gastos com software deverão aumentar. Na verdade, espera-se um crescimento de 5% em 2016 entre as empresas globais. Além disso, as despesas gerais de TI deverão aumentar 0,6%. Por isso, os conselhos precisam traçar estratégias que abordem como deverá ser feita essa alocação.
- Isso ajuda a sua marca. Um membro do conselho de alto nível com tamanha experiência pode atrair os melhores programadores, desenvolvedores e designers — os alicerces do crescimento de amanhã.
Onde encontrar
O problema é que encontrar um candidato ao conselho com esse nível não é fácil; trata-se de um grupo relativamente pequeno. Idealmente, você quer alguém com habilidades tecnológicas (mas não necessariamente um engenheiro) e que tenha um histórico empresarial. Você pode encontrar candidatos em diversos lugares, incluindo uma firma de consultoria, o CIO de outra empresa ou fundadores de empresas de tecnologia de sucesso. O mundo acadêmico e a área de pesquisa não são tão frutíferos, pois os possíveis candidatos podem não ter a base de negócios necessária.
Os conselhos modernos podem funcionar sem um guru em tecnologia? Claro, especialmente se a tecnologia não for um diferencial competitivo para a empresa. Além disso, os membros individuais do conselho podem ter os seus próprios contatos em áreas relacionadas à tecnologia, a quem podem recorrer quando necessário.
Um conselho ainda pode ser tecnológico sem a presença de “tecnófilos”, desde que os membros compreendam a importância e os benefícios dos processos digitais. Criar um comitê consultivo de tecnologia é outra opção, com a vantagem adicional de ter profissionais multidisciplinares e multifuncionais capazes de orientar com uma ampla perspectiva.
Entretanto, como os processos de negócios tornam-se cada vez mais digitais, os conselhos estão optando por preencher seus assentos com líderes inovadores em tecnologia. Um assunto que vale a pena considerar.
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